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NewsLetter nº10 Dezembro /2020
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NEWSLETTER nº 10 |  CÁTEDRA CASCAIS INTERARTES   |  Dezembro 2020
 
1.   Bolsa | Cátedra Cascais Interartes

Até ao dia 31 de Janeiro de 2021 decorre o período para apresentação de candidaturas à Bolsa de apoio à investigação denominada Bolsa Cátedra Cascais Interartes. Sob os auspícios da Fundação D. Luís I, esta iniciativa da Cátedra Cascais Interartes visa promover o apoio à investigação no âmbito dos estudos Interartes. Embora a elas não se confinando, a investigação deverá envolver uma personalidade ou personalidades incluídas no âmbito da Missão da Cátedra. Recomenda-se a leitura atenta do Regulamento que poderá ser consultado aqui.

 
2.   Grandes Obras da Literatura Universal
Começou no passado mês de Setembro o Ciclo de Conferências/Seminário Permanente dedicado às Grandes Obras da Literatura Universal. O Ciclo iniciou-se com uma conferência de Clara Rowland, sobre Grande Sertão, Veredas, de Guimarães Rosa. Seguiu-se, em Outubro, a conferência de João R. Figueiredo sobre Os Lusíadas, de Luís de Camões. As conferências de António M. Feijó e Pedro Ferré, sobre Ulysses, de James Joyce, e Lazarillo de Tormes, de autor anónimo, foram, entretanto, adiadas para datas a indicar, devido aos constrangimentos impostos pelo confinamento.
As conferências que decorrem todos os segundos sábados de cada mês, têm lugar no Centro Cultural de Cascais e são transmitidas em directo através da internet, podendo ser posteriormente visualizadas em www.fundacaodomluis.pt
Em 2021, o Ciclo será retomado a 9 de Janeiro, com uma conferência de Jorge Vaz de Carvalho sobre a Divina Comédia, de Dante. Seguem-se, a 6 de Fevereiro, Isabel Pires de Lima, sobre Os Maias, de Eça de Queirós, a 13 de Março, Isabel Almeida, sobre Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, a 10 de Abril, António Sousa Ribeiro, sobre A Montanha Mágica, de Thomas Mann, a 8 de Maio, Mário Avelar, sobre Moby-Dick, or The Whale, de Herman Melville, e, a 5 de Junho, Antonio Sáez-Delgado, sobre D. Quixote, de Miguel de Cervantes, conferência esta que encerrará o ciclo.
 
3.    Revista da Cátedra Cascais Interartes
   Crossroad of the Arts

Durante o mês de Janeiro, de 2021, será publicado o terceiro número da Revista da Cátedra Cascais Interartes, Crossroad of the Arts na qual assume particular destaque a homenagem a Antonio Franco Dominguez, director do Museo Extremeño e Iberamericano de Arte Contemporáneo, recentemente desaparecido. O Portfolio a ele dedicado conta a colaboração de várias individualidades espanholas e portuguesas que conviveram e colaboraram com Antonio Franco Dominguez. Prossegue-se neste número a publicação de ensaios sobre historiadores ligados a Cascais, da autoria de Ana Paula Menino Avelar. Desta feita, a reflexão centra-se no percurso académico do arqueólogo e historiador José d’Encarnação. A secção Brisas acolhe ensaios de Ana Sofia Louro sobre a representação pictórica pré-rafaelita de uma personagem shakespeariana, Ofélia, e Alberto Simões medita sobre os encontros de várias formas de expressão artística, tendo em mente João César Monteiro, Sophia de Mello Breyner Andresen, Ana Cordovil e Xavier de Sousa Tavares. Fica aqui o convite para a descoberta destes textos, assim como de outros, aqui não mencionados, que dão corpo a este número mais recente da Revista.
4.   A Montanha Mágica
António Sousa Ribeiro, membro do conselho científico da Cátedra Cascais Interartes, é autor da mais recente tradução de A Montanha Mágica, essa obra maior da literatura do século XX. Sousa Ribeiro que já em 2017 recebera o Grande Prémio de Tradução (Associação Portuguesa de Tradutores / Sociedade Portuguesa de Autores), é responsável por versões portuguesas de obras de escritores como Bertolt Brecht, Franz Kafka, Carl Gustav Jung, Hermann Broch ou Karl Kraus. Sobre o romance de Thomas Mann escreveu Sousa Ribeiro no prefácio a esta edição vinda a lume sob a chancela da Relógio d’Água:

"Entre muitos outros aspectos, A Montanha Mágica constitui um adeus definitivo, não sem matizes satíricos, à Alemanha Guilhermina e, pode bem dizer-se, também à Europa de antes da guerra, que o romance procura encapsular simbolicamente no microcosmos do sanatório Berghof, o espaço fictício da diegese."
 
5.  O Cânone
 
Foi recentemente publicado O Cânone, uma obra organizada por António M. Feijó, João Figueiredo e Miguel Tamen, todos eles docentes na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, instituição à qual a Cátedra Cascais Interartes está ligada. Por seu turno, de uma forma ou de outra, também os nomes acima referidos se encontram associados à Cátedra: António M. Feijó integra o seu conselho científico, ao qual Miguel Tamen, actual director da Faculdade de Letras, pertenceu aquando da criação da Cátedra; por fim, João R. Figueiredo integrou o ciclo de conferências sobre as grandes obras da literatura ocidental, por nós promovido. São estas razões mais do que suficientes para que nos associemos a este evento, transcrevendo um breve excerto da entrevista concedida por António M. Feijó ao Observador:

"O livro [O Cânone] não está a reconhecer os juízos canónicos feitos. O livro tem muito mais a ver com os nomes que, fazendo parte da tradição, da sequência de textos, nos parecem a nós por razões de vária natureza, constituir uma série coerente. Qual o critério de coerência? O que torna um autor digno de acolhimento no cânone, ou não? O que é que faz Shakespeare ser central no cânone da literatura inglesa? Um autor do século XVII diz que o que faz um autor ser admirado é a sua cooptação por pares. São outros autores, contemporâneos ou seguintes, e alguns críticos fortes e influentes que olham e têm a convicção de que aquele autor faz parte da série e articula um modo expressivo inédito e singular."
 

CCI   |   Cátedra Cascais Interartes

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