Cátedra Cascais Interartes

O júri designado pelo conselho científico da Cátedra Cascais Interartes, presidido pelo professor Mário Avelar, e tendo como vogais os professores Isabel Pires de Lima e João Pedro d’Alvarenga, manifestou o seu júbilo pelo número de candidaturas apresentadas a concurso e pela qualidade dos projectos nelas delineados. O júri decidiu, por unanimidade, atribuir a bolsa ao doutor Bernardo Palmeirim, pelo projecto “Cinco Canções Lacunares de Herberto Hélder”, devido à sua originalidade e impacto na comunidade, decorrente da diversidade de actividades enunciadas e dos diferentes públicos-alvo, e à pertinência da reflexão delineada no estudo ensaístico. O júri decidiu igualmente, por unanimidade, recomendar ao conselho directivo da Fundação D. Luís I que considerasse a possibilidade de atribuição de uma bolsa de investigação à Mestre Joana Veiga Malta Correia Guedes, pela focalização e amplitude que o projecto «Fernando Lopes-Graça seareiro» concede a personalidades que estão no centro das actividades da Cátedra. Esta sugestão foi, entretanto, acolhida pelo conselho directivo da Fundação D. Luís I, por proposta do seu Presidente, o que permitirá ampliar significativamente a intervenção da Cátedra nas actividades a levar a cabo no âmbito do Bairro dos Museus.

O ciclo de conferências prossegue neste mês de Abril, com a conferência do professor António Sousa Ribeiro sobre A Montanha Mágica, de Thomas Mann. A conferência que terá lugar pelas 17h do dia 10 de Abril, realizar-se-á através de zoom, sendo o link divulgado na véspera através dos canais habituais. O ciclo continua pelas 17h do dia 8 Maio, com a conferência do professor Mário Avelar sobre Moby-Dick – Or the Whale, de Herman Melville. A 12 de Junho, igualmente pelas 17h, termina esta fase do ciclo com a conferência do professor Antonio Sáez-Delgado sobre Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes. À semelhança da conferência de Abril, também estas terão lugar através de zoom. Todos os conferencistas integram o conselho científico da Cátedra Cascais Interartes.

Na sequência da sua tradução de A Montanha Mágica, de Thomas Mann, António Sousa Ribeiro, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, entregou-se à tradução de outra obra do escritor alemão, Doutor Fausto. Vinda a lume sob a chancela da Relógio d’Água, como sucedera já com A Montanha Mágica, neste romance, inicialmente publicado em 1947, Thomas Mann narra a história do músico e compositor fictício Adrian Leverkühn, contada pelo seu amigo de infância, Serenus Zeitblom. Tal como o Fausto lendário, Adrian vende a alma ao diabo para poder realizar a sua grande obra. A hubris do jovem compositor leva-o a aceitar uma proposta de um ser mefistofélico, que lhe propõe que renuncie ao amor e à sua alma em troca de vinte e quatro anos de génio. Após um período de intensa criatividade musical... Bom, caro leitor, não antecipemos a resolução por muito previsível que ela o seja... À semelhança do que sucedera com A Montanha Mágica, António Sousa Ribeiro é autor do prefácio no qual, para além de uma reflexão sobre a obra em causa, esclarece os problemas concretos com que foi confrontado na tradução.

Isabel Capeloa Gil tomou posse no passado dia 23 de Outubro para um segundo mandato como reitora da Universidade Católica Portuguesa. Professora catedrática da Faculdade de Ciências Humanas desta Universidade e membro do conselho científico da Cátedra Cascais Interartes, Isabel Capeloa Gil é doutorada em Língua e Cultura Alemãs pela Faculdade de Ciências Humanas da UCP, da qual foi diretora desde 2005 e 2012. Desde 2018 que assume as funções de presidente da Federação Internacional das Universidades Católicas.

A Universidade Católica Portuguesa foi criada em 1967, e é reconhecida pelo Estado como instituição universitária livre, autónoma e de utilidade pública. A Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa, assinada em 2004, afirma no seu artigo 21.º a “especificidade institucional” da Universidade Católica. A recondução para quadriénio 2020-2024 foi confirmada por Decreto da Congregação da Educação Católica (Santa Sé), de 6 de agosto de 2020.

Professor Associado com Agregação e membro do conselho científico da Cátedra Cascais Interartes, António Sáez-Delgado abraça um novo projecto, a Cátedra de Estudos Ibéricos sediada na Universidade de Évora. Sob a direcção deste respeitado estudioso das relações entre as nações ibéricas, a Cátedra nasce com o objetivo de desenvolver o conhecimento científico sobre as relações entre as diferentes culturas da nossa península. Sendo a única cátedra com estas caraterísticas neste espaço geográfico, conta com uma componente de investigação e com outra de promoção e divulgação do conhecimento, através da organização de congressos, colóquios, jornadas, equipas de investigação, publicações, entre outros. A Cátedra tem o apoio económico da Junta de Extremadura, do El Corte Inglês e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Alentejo.

Devido aos constrangimentos provocados pela Covid 19, foi cancelado o Encontro promovido pela Cátedra Cascais Interartes, destinado à evocação do centenário de nascimento de Ruben A, em 2020. No entanto, tal não significa que este marco passe despercebido, tendo-se optado por dedicar o portfolio do número 5 deste ano da nossa Revista ao autor de O mundo à minha procura. Nesse sentido contaremos com ensaios de Guilherme d’Oliveira Martins, Fátima Freitas Morna, Fernando Cabral Martins e Paula Oleiro, entre outros.

Actualmente em fase de preparação, o próximo número da Revista da Cátedra dedica o porfolio a uma das personalidades que são seu objecto de investigação e divulgação, David Mourão-Ferreira. A coordenação desta secção está a cabo de Pedro Ferré, Professor Catedrático da Universidade do Algarve e membro do conselho científico da Cátedra, que convidou vários especialistas da obra deste autor a nela participar. Noutros espaços da Revista contaremos com um conto de Júlio Conrado, com um ensaio da Professora Raquel Henriques da Silva sobre a casa de Jorge Barradas, figura destacada do modernismo plástico português, e da Professora Ana Paula Menino Avelar que, através da sua análise da obra de A. H. de Oliveira Marques, prossegue a sua reflexão sobre historiadores cujas vidas estão ligadas a Cascais.