Càtedra Cascais Interartes - NewsLetter nº3 Jun/2018

Ao longo destes meses a Cátedra Cascais Interartes foi desenvolvendo a sua actividade através de quatro vectores dominantes, dos quais damos conta nesta Newsletter: o ciclo de cinema O escritor na sala de cinema, que decorreu entre Abril e Maio no Centro Cultural de Cascais; os contactos com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, dando cumprimento ao deliberado na reunião do Conselho Científico do passado mês de Dezembro, no sentido de aquela instituição vir a acolher a Cátedra no seu seio; a abertura de candidaturas a uma bolsa de estudo de apoio à investigação; e a participação da Cátedra na Conferência da John Dos Passos Society que decorreu entre 20 e 22 de Junho na Sociedade de Geografia de Lisboa.

No âmbito de uma bolsa de apoio à investigação que lhe foi concedida pela Cátedra Cascais Interartes, a doutora Raquel Morais concebeu o ciclo de cinema O escritor na sala de cinema, que decorreu entre Abril e Maio no Centro Cultural de Cascais. Ao longo de seis sessões, um conjunto de investigadores e docentes universitários, de várias gerações, propôs-nos abordagens de filmes, alguns dos quais fazem parte do nosso imaginário, outros menos conhecidos, através de diálogos, por vezes inesperados, com escritores portugueses. Entre estes encontram-se dois nomes ligados a Cascais que participam da razão de ser desta Cátedra: Herberto Helder e Ana Hatherly.

O ciclo iniciou-se a 7 de Abril com o visionamento de Rebecca, de Alfred Hitchcock, que Amândio Reis apresentou em diálogo com a obra da romancista Ana Teresa Pereira. Seguiu-se. A 21 de Abril, Muriel ou o tempo de um regresso, de Alain Renais, que Teresa Bartolomei apresentou em diálogo com a poesia de Ruy Belo. A 28 de Abril, Rosa Maria Martelo propôs um olhar sobre Adeus à linguagem, de Jean-Luc Godard, através da poesia de Herberto Helder. A 5 de Maio, Fernando Martinho revisitou O gosto do saké, de Yasujiro Ozu, através da obra de António Reis. A 12 de Maio, Clara Rowland abordou O sol do marmeleiro, de Victor Erice, através da obra de Carlos de Oliveira. O ciclo encerrou a 20 de Maio com a exibição de dois documentários, Revolução, da autoria de Ana Hatherly, e Ana Hatherly, a mão inteligente, da autoria de Luís Alves de Matos que esteve presente.

A Cátedra Cascais Interartes associou-se à organização da terceira conferência da John Dos Passos Society que decorreu nas instalações da Sociedade de Geografia de Lisboa entre 20 e 22 de Junho.

O Presidente da Fundação Dom Luís I, doutor Salvato Telles de Menezes, proferiu a conferência plenária sobre aquela que constitui a sua experiência pioneira a nível da leccionação de USA, a obra maior de John Dos Passos, no ensino universitário, tendo-se detido igualmente nas analogias existentes, nomeadamente no plano cinematográfico, entre a obra do escritor norte-americano e a de Carlos de Oliveira.

Por seu turno, o director da Cátedra Cascais Interartes, Doutor Mário Avelar, coorganizador da Conferência, apresentou uma comunicação sobre a presença da obra de John Dos Passos nos vários ciclos lectivos das universidades portuguesas desde a década de 1960.

A Cátedra Cascais Interartes expressa o seu júbilo pela nomeação como arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e bibliotecário da Biblioteca Apostólica do Doutor José Tolentino Mendonça, membro do seu conselho científico. Esta prestigiante distinção do sacerdote, poeta e ensaísta por parte do Papa Francisco será assinalada com a sua Ordenação Episcopal que decorrerá no próximo dia 28 de Julho, às 16 horas, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, numa cerimónia presidida pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

O início das novas funções do autor de A mística do instante: o tempo e a promessa está marcada para o dia 1 de Setembro.