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NEWSLETTER nº5 |  CÁTEDRA CASCAIS INTERARTES   |  Dezembro 2018
 
1. TEMPO DE BALANÇO

No final do mês passado realizou-se a reunião do conselho científico da Cátedra Cascais Interartes, com o objectivo de proceder a um balanço das acções levadas a cabo ao longo deste ano que agora finda, e de reflectir sobre iniciativas a desencadear em 2019. Porque este é também um tempo de olhar retrospectivamente para os projectos que nos moveram durante esse espaço de tempo, achámos por bem fazer desta Newsletter um espaço de memória e de partilha do percurso até agora realizado.

2. ESPAÇO WEB
Uma das nossas preocupações iniciais foi a de conceber um espaço Web com as entradas necessárias a uma identificação clara do perfil da Cátedra, dos seus objectivos, missão e iniciativas, e dos instrumentos envolvendo o seu funcionamento - o regulamento que a rege, e a identificação dos diferentes órgãos e respectivos membros. Este espaço que naturalmente surge alocado ao Bairro dos Museus, encontra-se em constante ampliação e transformação. Aqui fica, portanto, o convite para que o visite.
3. Ciclo de Cinema
O ESCRITOR NA SALA DE CINEMA
Nos passados meses de Abril e Maio, o Centro Cultural de Cascais acolheu um ciclo de cinema comissariado por Raquel Morais, bolseira da Cátedra. Ao longo de várias semanas um público fiel e diversificado teve a oportunidade de assistir a várias projecções, antecedidas de palestras de Amândio Reis, Teresa Bartolomei, Fernando Martinho, Clara Rowland, Rosa Martelo e Elisabete Marques que ajudaram a iluminar aspectos menos evidentes da relação entre a palavra e a imagem fílmica.

Neste ciclo foram assim exibidos: Rebecca, de Alfred Hitchcock, Muriel ou o tempo de um regresso, de Alain Resnais, O Gosto do Saké, de Yasujiro Ozu, Revolução, de Ana Hatherly, Ana Hatherly – A Mão Inteligente, de Luís Alves de Matos, O sol do marmeleiro, de Victor Erice, e Adeus à Linguagem, de Jean-Luc Godard.
4. A REVISTA DA CÁTEDRA
Ao longo do ano foi concebido um primeiro número da revista online Cascais Interartes, que será divulgado no início do próximo ano. Este número inclui: um editorial de apresentação; um caderno dedicado a Ana Hatherly, com ensaios de Ana Marques Gastão, João Madureira, Paulo Pires do Vale e Rosário Monteiro; um ensaio in memoriam José Manuel Tengarrinha, de Ana Paula Menino Avelar; um conto de Howard Wolf; dois inéditos de Mário-Henrique Leiria; duas reproduções de obras plásticas do espólio da Fundação D. Luís I; e ensaios de Raquel Morais, Teresa Bartolomei, Amândio Reis e Elisabete Marques em torno do ciclo O Escritor na Sala de Cinema.
5.  A ligação da
CÁTEDRA À
FACULDADE DE LETRAS
DA UNIVERSIDADE DE LISBOA
Dando cumprimento a uma resolução do conselho científico da Cátedra, foram desenvolvidos contactos com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa no sentido de a Cátedra poder ser por acolhida como unidade de investigação desta Faculdade. Estes contactos, iniciados há cerca de um ano, tendo como interlocutor inicial o então director daquela Faculdade, o Doutor Paulo Farmhouse Alberto, foram posteriormente aprofundados com o Doutor Miguel Tamen, que, em 2018, lhe sucedeu naquelas funções. Este processo passou pela aprovação do projecto por parte do conselho científico daquela instituição, por várias reuniões de trabalho destinadas a proceder a ajustamentos formais, e à elaboração de um protocolo entre a Fundação D. Luís I e a Faculdade de Letras. O protocolo foi firmado, no passado dia 4 de Dezembro, entre a Faculdade de Letras, representada pelo seu director, Doutor Miguel Tamen, e a Fundação D. Luís I, representada pelo seu presidente, Doutor Salvato Telles de Menezes.
6. BOLSAS
Uma das missões da Cátedra é a da atribuição de bolsas de apoio à investigação sobre criadores ligados a Cascais ou a tópicos a eles associados. Dando cumprimento a esse desiderato, foram abertas candidaturas a bolsas, tendo sido recebidos sete projectos e ainda algumas manifestações de intenção de candidatura, todavia não concretizadas. O júri, presidido pelo director-executivo da Cátedra, Doutor Mário Avelar, contou com a colaboração dos vogais membros do conselho científico, Doutores Antonio Sáez-Delgado e Mário Vieira de Carvalho. Devido à disponibilidade da Fundação D. Luís I, foram atribuídas três bolsas integrais a Ana Maria Ângelo Marques da Silva, Guilhermina Lopes e Rita Novas Miranda, respectivamente autoras dos projectos Ana Hatherly: Programabilidade e Criação, Fernando Lopes-Graça e a Literatura Moderna Brasileira e Mãos Oblíquas.
7. Conselho científico
ENTRADAS E SAÍDAS
Ao longo deste ano registaram-se duas saídas deste órgão e duas entradas. A primeira saída, do Doutor Miguel Tamen, ficou a dever-se às funções de director da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa que começou a exercer no início deste ano. Igualmente devido ao exercício de novas funções – responsável pelo Arquivo Secreto do Vaticano e pela Biblioteca Apostólica, o Doutor José Tolentino Mendonça deixou de integrar este conselho científico. A ambos a Cátedra está profundamente grata pela disponibilidade que desde o início manifestaram para connosco colaborar, e a ambos desejamos as maiores felicidades no exercício das suas funções.
Entretanto, foram endereçados convites às Doutoras Helena Buescu e Isabel Capeloa Gil, respectivamente professoras catedráticas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e da Universidade Católica que, de imediato, os acolheram. A ambas, à fundadora do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, e à actual Reitora da Universidade Católica, agradecemos a honra e a alegria por abraçarem este projecto.

8. Conferência
JOHN DOS PASSOS SOCIETY
No passado mês de Junho, a Sociedade de Geografia de Lisboa acolheu o 3º Congresso bianual da John Dos Passos Society, evento ao qual a Cátedra se associou. O Doutor Salvato Telles de Menezes, Presidente da Fundação D. Luís I, e pioneiro na lecionação na universidade portuguesa da obra do escritor norte-americano de ascendência madeirense, foi um dos conferencistas convidados, tendo abordado, para além desta sua experiência docente, as relações de afinidade a nível da problemática do realismo entre Dos Passos e escritores como Carlos de Oliveira.
9. PALESTRAS
No mês passado o Centro Cultural de Cascais foi palco de duas palestras sobre David Mourão-Ferreira e Mário Dionísio, respectivamente, proferidas pelo Doutor Pedro Ferré, membro do conselho científico da Cátedra, e pelo Doutor José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores. O numeroso público que acorreu ao auditório do CCC teve oportunidade de desvendar singularidades das obras poética e ensaística daqueles autores que, de formas diferentes, marcaram a cena literária portuguesa no pós-guerra.
10. EXPOSIÇÕES
Comissariada pela Doutora Isabel Pires de Lima, membro do conselho científico da Cátedra, foi inaugurada, na Fundação Calouste Gulbenkian, a exposição intitulada Tudo o que tenho no saco – Eça e Os Maias. Igualmente comissariada por um membro deste conselho, o Doutor Antonio Sáez-Delgado, foi inaugurada, no Instituto Cervantes, em Lisboa, uma exposição subordinada ao tema O Ultraismo Espanhol e Portugal. Sobre ambas debruçar-nos-emos em detalhe no próximo número de Newsletter, através de entrevistas a estes académicos.
11. RAMÓN GÓMEZ DE LA SERNA
Ramón Gómez de la Serna (1888 - 1963) é, sem dúvida, o autor mais importante da ‘primeira vanguarda’ espanhola, e aquele que teve um mais amplo reconhecimento internacional. Vinculado à geração novecentista ou de 1914 (a mesma de Ortega y Gasset ou do catalão Eugenio d’Ors), “Ramón” (como gostava de ser conhecido) publicou uma amplíssima obra literária e foi o criador do género literário chamado “greguería”, cuja marca podemos encontrar, por exemplo, no António Ferro de Leviana (cuja edição definitiva, de 1929, não por acaso, conta com um prefácio de Ramón) ou de Teoria da Indiferença.
Uma parte importante da vida de Ramón Gómez de la Serna, curiosamente, decorreu no Estoril, lugar onde mandou construir uma vivenda chamada “El Ventanal” e onde, de facto, residiu entre 1922 e 1926, na companhia da também escritora Carmen de Burgos, “Colombine”. Nesses anos, Ramón estabeleceu contacto com numerosos escritores portugueses vinculados ao primeiro modernismo, especialmente ao círculo de colaboradores da revista Contemporânea, dirigida por José Pacheko. Fruto desses anos portugueses de Ramón é um importante conjunto de páginas publicadas em algumas das suas miscelâneas, especialmente em Pombo (1918).

12. Publicação do livro
CARTAS DE PORTUGAL

Devido à ligação ao Estoril por parte de La Serna, a Cátedra considerou dever associar-se ao projecto de tradução, pela primeira vez para língua portuguesa, dos textos que Serna dedicou a Portugal. Neles encontramos o olhar apaixonado mas ‘externo’ de um autor que compara realidades de Portugal e Espanha, reflecte sobre o meio literário português e traça as linhas fundamentais que definem o seu pensamento ibérico.
O livro que terá como título Cartas de Portugal, está a ser traduzido por Miguel Filipe Mochila (investigador do Centro de Estudos Comparatistas e tradutor de autores como Julio Cortázar, Blas de Otero ou Nicanor Parra) e por Pablo Javier Pérez López (U. Valladolid), e incluirá um estudo introdutório do membro do conselho científico da Cátedra, Doutor Antonio Sáez Delgado. O volume será editado pela Abysmo, em colaboração com o Instituto Cervantes e a Cátedra Cascais Interartes – Fundação Dom Luís I, e tem como data prevista de aparição a primavera de 2019.

 

CCI   |   Cátedra Cascais Interartes

Telefone: 214 815 660/5 - Email: geral@fdl.pt - Morada temporária: Centro Cultural de Cascais - Av. Rei Humberto II de Itália,16, 2750-645 Cascais


ISBN 978-972-8986-98-8

 
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