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NEWSLETTER nº8 |  CÁTEDRA CASCAIS INTERARTES   |  Dezembro 2019
 
 
1.
NOTA PRÉVIA

Nesta Newsletter damos conta das actividades culturais que tiveram lugar ao longo dos últimos meses de 2019, aproveitando, ainda, para lembrar publicações entretanto vindas a lume da autoria de membros do conselho científico da Cátedra.

 
2.
INDIGITAÇÃO DE DIRECTOR

Começamos esta Newsletter com uma notícia relevante para a Cátedra Cascais Interartes. Como tivemos oportunidade de informar anteriormente, em Dezembro de 2018 a Cátedra foi acolhida como Unidade de Investigação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (https://www.letras.ulisboa.pt/pt/areas-e-unidades/literaturas-artes-e-culturas). Na sequência deste processo, o Director da Faculdade de Letras, Doutor Miguel Tamen, produziu o despacho 20/2019, no qual, de acordo com o ponto 2. da Cláusula 9.ª do Protocolo entre a FLUL e a Fundação D. Luís I, nomeou Director da Cátedra Cascais Interartes o Doutor Mário Carlos Fernandes Avelar, professor catedrático daquela instituição.
 
3.
CONVERSAS NO BAIRRO
Por Mário Avelar

No âmbito das Conversas no Bairro 2019, e em estreita colaboração com a Fundação D. Luís I, no dia 28 de Setembro a Casa Sommer acolheu uma palestra do Doutor Mário Avelar sobre o romance Gosto disto aqui, da autoria do escritor inglês Kingsley Amis. Sobre o título genérico "Gosto disto aqui, de Kingsley Amis - um olhar sobre Portugal”, o Doutor Mário Avelar começou por fazer uma breve sinopse histórica do modo, não raras vezes irónico, como os viajantes ingleses olharam o nosso país, e culminou a sua exposição numa análise daquele romance de Amis, tendo destacado a argúcia, também ela marcada por um singular sentido de humor, com que a passagem do protagonista pelo Estoril e por Lisboa é descrita no crepúsculo da I Guerra Mundial.
 
4.
CONVERSA NO BAIRRO
Por Rogério Miguel Puga
Igualmente no âmbito das Conversas no Bairro 2019, no dia 5 de Outubro, a Casa Sommer acolheu mais uma palestra sobre a presença dos ingleses em Portugal. Desta feita, foi seu autor o Doutor Rogério Puga que abordou O Diário de Dora Wordsworth (1847) sobre Portugal. Doutorado em Estudos Anglo-Portugueses pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Rogério Puga é autor das notas e introdução à reedição daquela obra, vinda a lume no passado mês de Abril. Este diário, da autoria da filha do famoso escritor romântico inglês William Wordsworth, regista a sua passagem por Portugal, entre 1845 e 1846, com o seu marido, Edward Quillinan, nascido no Porto. A obra seria publicada em Londres em 1847, sob o título Journal of a few months’ residence in Portugal, and glimpses of the south of Spain, não tendo sido reeditado desde o século XIX.
 
5. 
EXPOSIÇÃO
Ana Hatherly
No dia 4 de Outubro foi inaugurada, no Centro Cultural de Cascais, a exposição Ana Hatherly, Programabilidade e Criação, que teve como curadora a Doutora Ana Marques que desenvolveu este projecto no âmbito de uma bolsa atribuída pela Cátedra Cascais Interartes. Ana Hatherly, nome ímpar na cultura e na arte portuguesas, trabalhou incansavelmente como artista plástica, poeta, ensaísta, tradutora e professora, e enveredou também pela música, pelo cinema e pelas artes performativas. Uma parte significativa do seu trabalho criativo desenvolveu-se em Cascais, onde teve o seu atelier. Aí, nesse espaço onde “ninguém me vê”, pôde a artista ser um pouco como O Homem Invisível, filme de 1933 realizado por James Whale, baseado no romance homónimo de H. G. Wells, que marcou Hatherly indelevelmente e que funciona como metáfora da artista que se oculta na obra, porque a arte é opacidade.
 
6.
APRESENTAÇÃO DE OBRA
Susani Silveira Lemos França
e Ana Carolina de Carvalho Viotti
No dia 7 de Novembro teve lugar na Casa Sommer uma mesa-redonda destinada à apresentação da coletânea Cuidar do Espírito e do Corpo entre o Velho e os Novos Mundos (sécs. XIII-XVIIII), coordenada pela Doutora Susani Lemos França, da Universidade de São Paulo, que integra o conselho editorial da Revista Cascais Interartes / Cascais Crossroad of the Arts. Esta coletânea assume o desafio de debater uma questão fulcral da civilização ocidental: os sustentáculos de uma moral cristã transplantada, dirigida ao mesmo tempo aos cuidados com o corpo e à saúde da alma, e que de una se faz múltipla ao avançar por territórios diversos e ao longo do tempo. Os capítulos reunidos adentram a seara dos códigos de comportamento, dos juízos moralizantes envolvendo povos desconhecidos e das práticas e instituições de provisão de cura e de aprimoramento das condutas. Dividido em três partes, o livro alicerça-se em torno de três acções que organizam o universo da moralidade entre o velho e o novo mundo: pensar, ver e corrigir.
 
7.
UM NOVO LIVRO
Helena Carvalhão Buescu
Professora Catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e membro do Conselho Científico da Cátedra Cascais Interartes, a Doutora Helena Carvalhão Buescu publicou na Imprensa Nacional uma obra a vários títulos seminal: O poeta na Cidade – A Literatura Portuguesa na História. Sobre esta refere-se no site da editora: A relação entre História e Literatura é um dos elementos fundadores do que hoje consideramos como o fenómeno literário e, muito embora sob diversíssimas configurações, tem contribuído para a perceção das duas formas de discurso como mutuamente fecundáveis e em vários aspetos certamente próximas. Em alguns momentos, as fronteiras parecem quase indistintas: por exemplo, como veremos, em casos-chave da historiografia medieval a separação entre facto e ficção é pouco operativa, e ambos parecem fazer parte de um mesmo universo imaginário. Em outros momentos, porém, e com diferentes conceitos operatórios, parece chegar-se quase a uma conceção antagonista das duas formas de discurso, como se a uma, e só a uma, coubesse o monopólio da verdade; enquanto a outra pareceria construir-se com base num afastamento potencialmente perigoso do real, ficando «presa» da imaginação. A posição que este livro defende repousa sobre a compreensão de que os vínculos entre História e Literatura, sendo de compreensão essencial para ambas, devem refletir a sua variação histórica.
8.
Um novo livro
Antonio Sáez-Delgado
O Doutor Antonio Sáez-Delgado, Professor Associado com agregação da Universidade de Évora e membro do Conselho Científico da Cátedra Cascais Interartes, é coautor da obra De Espaldas Abiertas – Relaciones literárias y culturales ibéricas (1870-1930), recentemente publicada. Este volume foca o momento histórico em que as relações literárias e culturais ibéricas foram mais intensas: o período entre 1870 e 1930, a geração de Antero de Quental, Clarín, Eça de Queirós e Emilia Pardo Bazán, até aos momentos do modernismo e de vanguarda ibéricos. Uma análise dos contactos entre escritores e artistas portugueses e espanhóis mostra como, pelo menos entre a elite cultural, o estereótipo desses dois países como vivendo de costas um para o outro não é correcto, pois existiam diálogos fluentes e frutíferos entre políticos e fronteiras linguísticas.
 
Os autores dos textos escrevem conforme o antigo Acordo Ortográfico
 

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ISBN 978-972-8986-98-8

 
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